4 tendências para o mercado de venture capital em 2024
O mercado de venture capital (VC) é um dos principais motores da inovação e do empreendedorismo no mundo. Por meio de investimentos de risco em startups, os fundos de VC buscam apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços que possam gerar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente, além de retornos financeiros atraentes.
No entanto, o mercado de VC também é dinâmico e sujeito a mudanças constantes, influenciado por fatores macroeconômicos, políticos, sociais e culturais. Neste artigo, vamos explorar quatro tendências que podem marcar o mercado de VC em 2024!
Priorização do planejamento das operações de IPO
Uma das formas mais comuns de saída para os fundos de VC é a realização de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações das startups investidas. Um IPO permite que as empresas captem recursos no mercado de capitais, ampliem sua visibilidade e credibilidade, e ofereçam liquidez aos seus acionistas.
No entanto, um IPO também envolve uma série de desafios e riscos, como a necessidade de adequação às normas regulatórias, a exposição a maior escrutínio público e a volatilidade das cotações. Por isso, em 2024, as startups e os fundos de VC devem planejar com antecedência e cuidado as operações de IPO, buscando o momento mais oportuno e as condições mais vantajosas para a abertura de capital.
Atenção maior em talentos e em soluções focadas em RH
Um dos principais ativos de uma startup é o seu capital humano, ou seja, as pessoas que compõem a sua equipe. A atração, retenção e desenvolvimento de talentos é fundamental para o sucesso de uma startup, especialmente em um cenário de alta competitividade e escassez de mão de obra qualificada.
Por isso, em 2024, as startups e os fundos de VC devem dar mais atenção aos aspectos relacionados ao RH, como a cultura organizacional, a diversidade e a inclusão, o bem-estar e a saúde mental, a remuneração e os benefícios, e a educação e o treinamento. Além disso, devem buscar soluções inovadoras que possam facilitar e otimizar a gestão de pessoas, como plataformas de recrutamento, avaliação, feedback, engajamento e aprendizagem.
Foco aprimorado em modelos híbridos de trabalho
A pandemia de Covid-19 provocou uma mudança radical na forma de trabalho de muitas startups, que adotaram o regime de home office ou trabalho remoto como medida de prevenção e segurança. Essa modalidade de trabalho trouxe vantagens, como a redução de custos, a flexibilidade de horários e a ampliação do acesso a talentos de diferentes localidades, mas também desafios, como a comunicação, a colaboração, a produtividade e a integração das equipes.
Em 2024, espera-se que a situação sanitária esteja mais controlada, permitindo o retorno gradual às atividades presenciais. No entanto, muitas startups e fundos de VC devem optar por manter ou adotar modelos híbridos de trabalho, que combinam o trabalho remoto com o trabalho presencial, de acordo com as preferências e necessidades de cada empresa e de cada colaborador. Esses modelos híbridos exigem uma adaptação das estruturas físicas, dos processos operacionais, das ferramentas tecnológicas e das políticas internas das startups, visando garantir a eficiência, a qualidade e a satisfação no trabalho.
Crescimento do mercado de corporate venture capital
O corporate venture capital (CVC) é uma modalidade de investimento de risco realizada por empresas estabelecidas em startups, com o objetivo de gerar inovação, vantagem competitiva, aprendizado e sinergia. O mercado de CVC vem crescendo no Brasil e no mundo, impulsionado pela necessidade das empresas de se adaptarem às mudanças tecnológicas, de mercado e de consumo.
Em 2024, o mercado de CVC deve continuar em expansão, com a entrada de novos players, a diversificação de setores e de estágios de investimento, e a consolidação de parcerias estratégicas entre corporações e startups. O CVC representa uma oportunidade para as startups acessarem recursos financeiros, conhecimento, rede de contatos e canais de distribuição das empresas investidoras, e para as empresas investidoras se beneficiarem da agilidade, da criatividade e da disrupção das startups investidas.
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Wellington Moura
Analista de Startups do SdP Capital
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