Como estruturar a rodada de investimento da sua startup

As rodadas de investimento são momentos cruciais na trajetória de uma startup, pois podem definir o seu sucesso ou fracasso no mercado. Por isso, é importante planejar e preparar bem cada rodada, desde a pré-seed até a série C ou D. 

Neste artigo, vamos explicar o que são as rodadas de investimento, quais são os tipos e as características de cada uma, e como você pode se organizar para atrair os investidores certos para o seu negócio. 

 

O que são as rodadas de investimento? 

 

As rodadas de investimento são eventos em que as startups buscam captar recursos financeiros de investidores em troca de uma participação acionária no negócio. Esses recursos são usados para desenvolver o produto ou serviço, expandir o mercado, contratar talentos, entre outras finalidades. 

As rodadas de investimento são divididas em séries, que variam de acordo com o estágio de maturidade da startup, o valor captado, o perfil dos investidores e o objetivo do aporte. 

 

Quais são os tipos de rodadas de investimento? 

 

Os principais tipos de rodadas de investimento são: 

  • Pré-seed: é a primeira rodada de investimento, em que a startup ainda está na fase de ideação e validação do problema e da solução. O valor captado costuma ser baixo, entre R$100 mil e R$400 mil, e os investidores são geralmente familiares, amigos, colegas ou investidores-anjo¹.
  • Seed: é a segunda rodada de investimento, em que a startup já tem um produto mínimo viável (MVP) testado e validado no mercado, e busca acelerar o seu crescimento e escala. O valor captado varia entre R$400 mil e R$2 milhões, e os investidores são aceleradoras, incubadoras, fundos seed ou venture capital.
  • Série A: é a terceira rodada de investimento, em que a startup já tem um modelo de negócio comprovado, uma base de clientes consolidada e um faturamento recorrente. O valor captado pode chegar a R$20 milhões ou mais, e os investidores são fundos venture capital ou corporate venture capital.
  • Série B: é a quarta rodada de investimento, em que a startup já tem uma liderança no seu segmento de mercado e busca expandir para novos mercados ou geografias. O valor captado pode ultrapassar R$50 milhões, e os investidores são fundos venture capital ou private equity.
  • Série C ou D: são as últimas rodadas de investimento, em que a startup já é uma empresa consolidada e rentável, e busca preparar-se para um evento de liquidez, como uma oferta pública inicial (IPO) ou uma fusão ou aquisição (M&A). O valor captado pode chegar a centenas de milhões de reais, e os investidores são fundos private equity ou hedge funds. 

 

Como se organizar para cada rodada de investimento? 

 

Para se organizar para cada rodada de investimento, é preciso levar em conta alguns aspectos essenciais: 

  • Ter um plano de negócio: é fundamental ter um plano de negócio bem estruturado e atualizado, que mostre qual é a proposta de valor da startup, qual é o seu diferencial competitivo, qual é o seu mercado potencial, qual é a sua estratégia de crescimento e quais são as suas projeções financeiras.
  • Ter um valuation definido: é importante ter um valuation definido, que é o valor estimado da startup no mercado. O valuation pode ser calculado por diferentes métodos, como múltiplos de receita ou EBITDA, fluxo de caixa descontado ou análise comparativa. O valuation serve para determinar qual será a porcentagem de participação que os investidores terão no negócio em troca do aporte.
  • Saber onde quer alocar o capital: é essencial saber onde quer alocar o capital captado, ou seja, qual será o destino e o retorno do investimento. É preciso ter um plano de uso do capital, que mostre como os recursos serão distribuídos entre as áreas da startup, como desenvolvimento, marketing, vendas, operações, etc. É preciso também ter um plano de metas e indicadores, que mostre como o desempenho da startup será medido e acompanhado ao longo do tempo.
  • Ter uma estratégia de saída: é importante ter uma estratégia de saída, que é o plano de como os investidores poderão recuperar o seu investimento e obter lucro. A estratégia de saída pode envolver um IPO, um M&A ou uma recompra de ações pelos fundadores ou por outros investidores. A estratégia de saída deve estar alinhada com os interesses e expectativas dos investidores e dos fundadores. 

 

As rodadas de investimento são oportunidades para as startups captarem recursos para alavancarem os seus negócios e alcançarem o sucesso no mercado. No entanto, elas exigem planejamento e preparação por parte dos empreendedores, que devem conhecer os tipos e as características de cada rodada, e se organizar para atrair os investidores certos para o seu negócio. 

 

Esperamos que este artigo tenha sido útil para você. Se você gostou, compartilhe com os seus amigos. E se você quer saber mais sobre como captar investimentos para a sua Startup, entre em contato com a Sai do Papel podemos te ajudar a dar esse próximo passo. 

Wellington Moura

Analista de Startups do SdP Capital

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