O inverno está vindo para as startups

As startups na América Latina estão enfrentando um inverno rigoroso. De acordo com dados da consultoria Sling Hub, os investimentos em startups no Brasil caíram cerca de 50% em 2022 em relação ao ano anterior. Em toda a América Latina, a retração foi de 35%. A quantidade de unicórnios na região também caiu pela metade, de 21 para 10, sendo que somente duas empresas brasileiras ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão em 2022.

Um dos principais motivos para essa queda é a alta da taxa de juros, que causou um aumento substancial no custo de capital. Depois de muitos anos de juros baixos, havia muita liquidez no mercado e muito dinheiro fluindo, mas agora os fundos que investem em startups estão enfrentando um ciclo de juros altos.

Embora estejamos enfrentando uma queda de 50% em relação ao ano anteriores, os números de quantidade de Rodadas de investimento realizadas não acompanharam essa queda, mostrando uma retração no volume de capital, mas não em quantidade de oportunidades, o que prejudica startups que estão buscando maiores investimentos como Rodadas A, B e C.

Uma abordagem interessante é usar o conceito de antifragilidade, proposto por Nassim Taleb em seu livro “Antifrágil: Coisas que se Beneficiam com o Caos”. De acordo com Taleb, algo que é antifrágil não apenas sobrevive a perturbações e mudanças, mas na verdade prospera com elas.

Uma maneira de aplicar esse conceito para startups é adotar uma abordagem ágil e iterativa para o desenvolvimento do produto. Isso significa testar constantemente novas ideias e protótipos em um ambiente controlado, para que a empresa possa aprender com seus erros e fazer ajustes antes de lançar um produto final. Em outras palavras, a startup deve estar disposta a experimentar e falhar rapidamente, de modo que possa se adaptar às mudanças no mercado.

Um exemplo de startup que se adaptou bem a um período de crise é a Airbnb. Durante a crise financeira de 2008, quando muitas pessoas perderam seus empregos e precisavam de dinheiro extra, a Airbnb ofereceu uma solução inovadora: permitir que as pessoas alugassem quartos de suas casas ou apartamentos para viajantes.

Isso permitiu que as pessoas ganhassem dinheiro extra e ofereceu uma alternativa mais barata para os viajantes que não podiam pagar por um hotel. Como resultado, a Airbnb cresceu rapidamente durante a crise e hoje é uma das empresas mais valiosas do mundo.

Outra abordagem que as startups podem adotar é a colaboração com outras empresas e organizações. Em vez de competir entre si, as startups podem se unir para compartilhar recursos, ideias e experiências. Isso pode permitir que eles aprendam com os erros uns dos outros e sejam mais resilientes em face de perturbações no mercado.

Um exemplo de colaboração bem-sucedida é a iniciativa #VamosVirarOJogo, lançada durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Várias startups se uniram para criar uma plataforma que conectava empresas e organizações que precisavam de suprimentos médicos com fornecedores que podiam fornecer esses suprimentos.

Essa iniciativa permitiu que as empresas se ajudassem mutuamente em um momento de crise e demonstrou como a colaboração pode ser uma estratégia eficaz para as startups se adaptarem a um mercado em mudança.

A Sai do Papel tem como missão fortalecer o ecossistema empreendedor, conectando startups e empresas inovadoras para que possam colaborar entre si. É por isso que a empresa possui hubs, espaços colaborativos onde é possível promover networking e troca de conhecimentos entre empreendedores.

Além disso, a Sai do Papel oferece diversos programas para ajudar startups a modular seus negócios, incluindo serviços de consultoria e programas de aceleração que oferecem mentoria e suporte técnico, além de acesso a uma ampla rede de investidores por meio da SdP Capital.

Com essas iniciativas, a Sai do Papel busca incentivar o desenvolvimento do ecossistema empreendedor no Brasil e ajudar startups a superar os desafios impostos por um mercado cada vez mais competitivo.

Para os investidores, é necessário realizar uma análise minuciosa da startup, contando com profissionais e métodos já validados. Nesse sentido, a SdP Capital pode ajudar, fazendo análise de diversas startups do mercado e levando as melhores oportunidades para o comitê de investidores, com práticas acompanhamento e mentoria das startups investidas.

Se você está preocupado com o “inverno chegando” saiba que não está sozinho, entre em contato conosco para sabermos qual a melhor maneira de lhe ajudar.

Wellington Moura

Analista de Startups do SdP Capital

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