Sai do Papel anuncia investimento de R$ 1 milhão em três startups

Estimular o ecossistema de inovação carioca é o objetivo do Grupo Sai do Papel, que funciona como uma aceleradora e fundo de investimento ao mesmo tempo. A organização foi fundada pelo investidor Carlos Júnior em 2017 e, desde então, já acelerou ou investiu em mais de 200 startups em todo o Brasil, com a maior parte do Rio de Janeiro — a porcentagem exata não é revelada.

Agora, a organização anuncia o aporte de R$ 1 milhão em três startups que somam R$ 55 milhões de valuation: as fintechs Meu Vista e Plano e a healthtech E-lastic. A Meu Vista é uma empresa B2B2C que ajuda profissionais independentes a dar consultoria financeira para planos familiares. Já a Plano é focada em educação financeira para que pessoas a melhorem seus hábitos em relação ao dinheiro. Por fim, a E-lastic é uma plataforma de gestão de dados de paciente.

 

“Investimos em startups que estão validadas, ou seja, já têm produtos, clientes e um crescimento mensal”, diz Júnior. Um dos principais focos é o smart money, em que a relação entre startups e investidores deve ir além do dinheiro, afirma ele. “Nos sentimos muito seguros em fazer investimentos porque acompanhamos de perto o desenvolvimento das empresas em nossos hubs.”

 

Para este ano, o plano é aportar o total de R$ 10 milhões em startups, com dinheiro oriundo de mais de 100 executivos. “São sempre profissionais que podem agregar alto valor à startup, com conexão e conhecimento de mercado.”

Júnior se tornou investidor de startups há 12 anos, depois de adquirir experiência como fundador de uma agência digital. “Entrei em um grupo de investidores e me apaixonei. Na época, quase ninguém falava o que era startup”, afirma, acrescentando que a maior motivação foi a chance de ter novos desafios. “É contagiante encontrar empreendedores motivados que querem melhorar o mundo.”

 

“É como se fosse a energia da juventude, porque você se vê no início da sua carreira. A mistura dessa energia com a experiência de alguém que já tem as conexões é explosiva. É um grande ambiente de aprendizado.”

 

Essa foi a motivação para criar a Sai do Papel, que oferece mentoria para startups, acesso a mercado e investimento financeiro em diferentes empresas de inovação. Para Júnior, a vantagem é que o grupo forma um portfólio variado. “Se uma startup não der certo, outra vai dar. No geral, as que dão certo compensam e dão lucro. É o que tem acontecido na nossa história”, diz Júnior.

A organização analisa diversos fatores para investir startups, como valuation, tamanho do mercado e especialmente o perfil dos empreendedores. Também entrevista os clientes e os potenciais consumidores e empresas que podem comprar a startup posteriormente.

Do lado do investidor, o grupo também oferece um sistema de apoio. “Por exemplo, ele pode tirar férias e ficar tranquilo que outros profissionais estarão acompanhando o investimento dele e gerando relatórios de acompanhamento”, afirma Júnior.

Seguindo a meta de desenvolver o ecossistema carioca, a organização pretende lançar o primeiro hub físico no Rio de Janeiro, que deve ser inaugurado em julho. “O Rio de Janeiro ainda não tem um ponto de encontro para pessoas do ecossistema, e este é um dos motivos para o desenvolvimento de inovação não ser o segundo mais relevante no País”, afirma o investidor, acrescentando que funcionará como o Cubo Itaú, em São Paulo, e a Acate, em Florianópolis. “É fundamental ter um espaço para promover essa conexão entre as pessoas para trocar ideias e gerar inovação.”

O espaço se chamará Arca Hub, como uma referência à Arca de Noé. “É um local em que existem todas as espécies para se perpetuar. Neste caso, são empreendedores, investidores, grandes empresas e academia”, afirma o fundador. Localizado em Ipanema, o local começa com mil metros quadrados, e a ideia é que se expanda ao longo dos anos.   (Fonte: PEGN)

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Bianca Mattos

Iniciou a carreira na área de Planejamento do SEBRAE e, depois, decidiu empreender abrindo sua própria empresa de pesquisa de mercado. Logo viu que só ouvir as dores dos empreendedores não era o suficiente e decidiu se especializar para ajudar a resolver as dificuldades dos negócios. Atuou 9 anos em projetos focados em MEI no SEBRAE e expandiu para todo o país com a PagMei, ajudando empreendedores em todo o Brasil.

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