Valuations continuam elevados enquanto VCs buscam melhores negócios O
Leia maisEstamos passando por um período de turbulência no empreendedorismo, inovação aberta e investimentos em startups. Podemos citar alguns fatores que influenciaram isso ultimamente:
– Fundadores da KaBuM tentam cancelar venda para o Magazine Luiza alegando que o processo não foi conduzido da maneira correta, enquanto ações do Magazine Luiza caíram significativamente desde a venda em 2021;
– Há iniciativas de aplicações imediatas do ChatGPT e Elon Musk deixou o OpenAI para lançar uma AI 100% Open Source;
– Fintech Tribal entrou e saiu do mercado brasileiro em um ano, bloqueando as contas dos clientes sem aviso prévio e transferindo colaboradores para a plataforma mexicana;
– Crise do SoftBank tem reflexos no mercado latino-americano;
– Crise do SVB (Silicon Valley Bank) leva ecossistema a traçar novas estratégias e teme-se uma nova crise financeira no setor bancário e, para tentar evitar isso, o First Citizens Bank comprou o SVB;
– Banco suíço Credit Suisse enfrenta crise de confiança e prejuízos financeiros, com último balanço apresentando fragilidades materiais e principal acionista declarando que não aportará.
Junto a essas incertezas, temos também as incertezas políticas, o desafio do novo contexto macroeconômico, as elevadas taxas de juros… tudo isso nos cenários nacionais e internacionais!
Isso, falando apenas dos primeiros 3 meses do ano, mas é claro que as incertezas dos negócios e as fragilidades do mercado não pararam por aí.
O Mundo VUCA e o Mundo BANI são duas formas de descrever a complexidade e a incerteza do mundo em que vivemos, mas com enfoques diferentes.
O termo VUCA destaca a volatilidade (V) dos mercados, a incerteza (U) em relação ao futuro, a complexidade (C) das questões e a ambiguidade (A) das informações. Foi cunhado pelo exército americano após a Guerra Fria para descrever o mundo em constante mudança e imprevisível em que vivemos, o que pode gerar insegurança e tornar o planejamento a longo prazo um desafio.
Por outro lado, o termo BANI foi criado pelo futurista Jamais Cascio como uma alternativa ao VUCA, que ele considerava ultrapassado. O BANI destaca a fragilidade (B) dos sistemas, a ansiedade (A) das pessoas, a não-linearidade (N) das mudanças e a incompreensibilidade (I) do mundo. Segundo Cascio, o Mundo BANI é caracterizado por ser mais frágil e imprevisível do que o VUCA, o que exige mais flexibilidade e adaptabilidade das pessoas e organizações.
Todas as mudanças, inovações, ambiguidades e volatilidades impactam as pessoas que, por sua vez, respondem a esses estímulos causando ainda mais ansiedade e incompreensão. Ambos os conceitos sugerem que precisamos estar preparados para lidar com as mudanças e incertezas que enfrentamos atualmente, mas com diferentes enfoques e ênfases.
E o primeiro trimestre seguiu sacudindo…
Verificou-se uma grande dança das cadeiras entre CEOs, homens mais jovens assumindo o cargo no lugar de muitos com mais de 60 anos renunciando ou aposentando e mais mulheres assumindo o posto, ainda bem!
Também muitas demissões e layoffs: Rock Content, Pier, Buser, Dock, Big Techs, iFood, Zoom, Loft, as tradicionais montadoras, etc… Infelizmente, a lista é grande e os desafios são maiores ainda!
Uma startup tracionando, que está em processo de crescimento e busca consolidar sua posição no mercado, deve estar preparada para lidar com esses desafios assumindo uma postura de constante adaptação e inovação, buscando equilibrar a estabilidade e a flexibilidade em um mundo cada vez mais complexo e imprevisível.
Em relação ao Mundo VUCA, a startup deve ter uma visão clara de sua estratégia de negócios, mas também estar aberta a mudanças e adaptações conforme o ambiente externo se transforma. Isso significa ser ágil e flexível, estando pronta para mudar de rumo se necessário e buscar constantemente novas oportunidades.
Além disso, é importante estar preparado para lidar com a volatilidade dos mercados e a incerteza em relação ao futuro, por meio de um planejamento estratégico que leve em consideração diversos cenários possíveis.
Já em relação ao Mundo BANI, a startup deve estar ciente da fragilidade dos sistemas e da imprevisibilidade do ambiente externo, o que significa ter um plano de contingência para lidar com possíveis crises e riscos.
Além disso, a startup deve estar preparada para lidar com a ansiedade e a incompreensibilidade do mundo atual, buscando uma comunicação clara e transparente com seus stakeholders e clientes, e investindo em tecnologia e inovação para estar sempre à frente das mudanças e tendências do mercado.
Uma consultoria pode ser uma grande aliada para ajudar uma startup tracionando a enfrentar os desafios dos mundos VUCA e BANI. Algumas maneiras pelas quais uma consultoria pode ajudar incluem:
Em resumo, uma consultoria pode trazer expertise e conhecimento especializado para ajudar uma startup tracionando a enfrentar os desafios do mercado e se consolidar em um ambiente cada vez mais complexo e imprevisível.
Na área de Gente & Gestão, existem algumas ações que a startup tracionando pode tomar para enfrentar os desafios dos mundos VUCA e BANI:
Concluindo, a área de Gente & Gestão é fundamental para ajudar a startup tracionando a desenvolver uma equipe de alta performance que seja capaz de enfrentar os desafios VUCA e BANI, com modelos de gestão ágeis e flexíveis alinhados com a visão e missão da empresa.
[email protected] | https://www.linkedin.com/in/carlosalecrim
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